Guerra e Paz

Ler Guerra e Paz foi uma jornada transformadora. O livro não é apenas sobre guerra e estratégia, mas sobre a condição humana, o sentido da existência e a relação entre indivíduo e história.

O que mais me impactou foi a maneira como Tolstói humaniza a guerra. As batalhas não são descritas com heroísmo exagerado, mas com caos e desordem, destacando o sofrimento dos soldados e o acaso dos eventos. Isso me fez refletir sobre como a guerra é glorificada na história, enquanto, na realidade, ela é um espetáculo de dor e destruição.

Outro ponto que me marcou foi a jornada de Pierre Bezúkhov. Inicialmente perdido em festas e trivialidades, ele amadurece ao longo da obra, buscando respostas sobre o sentido da vida. Seu desenvolvimento filosófico me fez pensar sobre como muitas vezes buscamos significado nos lugares errados antes de encontrar algo genuíno.

A personagem Natasha Rostóv também me surpreendeu. Seu crescimento, suas paixões e sofrimentos mostram como Tolstói tem um talento único para criar personagens realistas e multidimensionais. Sua transformação ao longo da história é um dos pontos mais tocantes do romance.

Por fim, Guerra e Paz me fez refletir sobre o papel do destino na vida humana. Tolstói desafia a ideia de que líderes como Napoleão controlam o mundo, sugerindo que as forças da história são muito mais complexas. Isso me levou a questionar quanto do nosso destino realmente está em nossas mãos.

Recomendo Guerra e Paz para leitores que desejam uma experiência imersiva, cheia de reflexões filosóficas e personagens inesquecíveis. Não é um livro fácil, mas sua profundidade e beleza fazem valer cada página.