Hamlet

Ler Hamlet foi uma experiência avassaladora, não apenas pela complexidade da trama, mas pela profundidade filosófica da obra. É impressionante como Shakespeare consegue transformar um drama de vingança em um estudo existencial sobre a fragilidade da mente humana.

O que mais me impactou foi a dúvida de Hamlet. Ele sabe que deve agir, mas hesita constantemente, refletindo sobre as consequências e sobre o próprio sentido da vida. Isso me fez pensar sobre quantas vezes postergamos decisões importantes porque somos consumidos pela incerteza e pelo medo do erro.

Outro ponto que me chamou a atenção foi o colapso emocional dos personagens. A peça não trata apenas da vingança de Hamlet, mas também da loucura de Ofélia, da paranoia de Cláudio e da ira de Laertes. Todos são consumidos por suas emoções, o que me fez refletir sobre como a obsessão pode levar à destruição.

Além disso, a questão da morte está presente em toda a obra. Desde o primeiro ato, com o fantasma do rei, até o duelo final, Shakespeare nos lembra constantemente da finitude da vida e da inevitabilidade da morte. Isso me fez refletir sobre a fragilidade da existência e sobre como, no fim, todos enfrentamos o mesmo destino.

Recomendo Hamlet para qualquer leitor que queira se aprofundar na mente humana, nos dilemas morais e na condição trágica da existência. É uma obra que continua ressoando séculos depois de sua criação.