Oliver Twist

Ler Oliver Twist foi uma experiência intensa e emocional. Desde o início, senti um profundo senso de indignação pelas injustiças enfrentadas pelo protagonista, mas também uma admiração pela sua resiliência. O que mais me marcou foi a forma como Dickens retrata a pobreza e a exploração infantil com um realismo chocante, tornando impossível ignorar o sofrimento dos marginalizados. Fica muito evidente nos personagens principais de Charles Dickens (Oliver Twist e David Copperfield) a característica da Resiliência, bem como uma construção forte de caráter baseado em valores morais e virtudes.

Fagin é um dos personagens mais complexos do livro. Ao mesmo tempo em que é um vilão, há nele um traço de astúcia e sobrevivência que o torna fascinante. Seu domínio sobre as crianças e sua manipulação cruel são um reflexo do mundo sem esperança em que elas vivem. Por outro lado, Nancy foi uma personagem que me surpreendeu. Sua tentativa de proteger Oliver, apesar do ambiente em que vive, é um dos momentos mais emocionantes da história.

Outro aspecto que me chamou atenção foi a crítica feroz de Dickens ao sistema de assistência social da época. Ele não apenas denuncia a miséria e a exploração, mas também a hipocrisia daqueles que deveriam ajudar os necessitados, mas preferem julgá-los e puni-los. Essa crítica continua relevante até hoje, em sociedades onde a desigualdade persiste e as vítimas da pobreza são frequentemente culpabilizadas por sua condição.

Recomendo Oliver Twist a qualquer leitor que queira compreender melhor a literatura de Dickens e a realidade da época vitoriana. É uma história comovente e poderosa, que mistura emoção, suspense e uma crítica social que ainda ressoa nos dias de hoje. 

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