Roger Scruton (1944–2020) foi um filósofo, escritor e ensaísta britânico, reconhecido como um dos principais pensadores conservadores do século XX e início do XXI. Sua obra abrange temas como estética, política, moralidade, arquitetura e cultura, sempre defendendo a importância da tradição, da identidade nacional e dos valores ocidentais. Além de seu trabalho acadêmico, Scruton também atuou como comentarista e intelectual público, influenciando debates sobre conservadorismo e modernidade.
Entre seus livros mais importantes estão "O que é Conservadorismo" (2017), no qual define o conservadorismo como uma filosofia baseada no respeito à ordem social e na valorização do passado, e "Beleza" (2009), onde argumenta que a arte e a arquitetura devem buscar a harmonia e rejeitar a feiura e a transgressão como fins em si mesmos. Outra obra fundamental é "Como Ser um Conservador" (2014), em que defende a importância da liberdade, da cultura e das instituições tradicionais contra ideologias progressistas e igualitárias.
Scruton deixou um legado profundo na filosofia política e na estética, sendo admirado por sua defesa da civilização ocidental e criticado por sua oposição ao relativismo cultural e às correntes intelectuais de esquerda. Seu pensamento influenciou tanto acadêmicos quanto formuladores de políticas públicas, consolidando-se como uma das vozes mais importantes do conservadorismo contemporâneo. Seu compromisso com a filosofia não se limitou à teoria: ele também participou ativamente da resistência intelectual contra o comunismo no Leste Europeu, ajudando dissidentes durante a Guerra Fria.