Machado de Assis (1839–1908) foi um dos maiores escritores brasileiros, amplamente considerado o fundador do realismo na literatura brasileira e um dos principais nomes da literatura mundial. Nascido no Rio de Janeiro em uma família humilde, Machado superou as barreiras impostas pela pobreza e pelo racismo da época, tornando-se um autor prolífico, jornalista, poeta e cronista, além de ser o fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.
Sua obra é marcada por uma análise psicológica profunda, ironia refinada e crítica social, explorando temas como a hipocrisia, as contradições humanas e as desigualdades sociais. Entre suas obras mais conhecidas estão "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), um marco do realismo brasileiro, narrado por um "defunto-autor" que reflete sobre sua vida com humor ácido e pessimismo, e "Dom Casmurro" (1899), que aborda temas como ciúme, traição e dúvida, com a famosa polêmica sobre a fidelidade de Capitu. Outros romances importantes incluem "Quincas Borba" e "Esaú e Jacó".
Machado de Assis também foi um mestre dos contos e poesias, escrevendo histórias que capturam com precisão as complexidades do cotidiano e da alma humana. Seu legado transcende o tempo, e suas obras continuam a ser amplamente estudadas e admiradas no Brasil e no exterior. Ele é um símbolo de superação e genialidade, demonstrando que é possível romper barreiras sociais e criar uma literatura universal e atemporal.